Psicologia Social Aroldo

- Psicologia social é o estudo científico da influência recíproca entre as pessoas (interação social) e do processo cognitivo gerado por esta interação (pensamento social).

A Psicologia Social estuda os fenômenos sociais comportamentais e cognitivos decorrentes da interação entre pessoas, e o faz através da utilização do método científico.

Tem caráter latitudinal ou situacional do fenômeno psicossocial. Tais fatores situacionais devem ter a característica de estímulos sociais. O comportamento "procurar a sombra num dia de forte calor" é um comportamento ditado por fatores situacionais, mas dificilmente se considera tal atividade como sendo um comportamento social. Seria um comportamento social caso os fatores situacionais responsáveis por ele fossem um, ou uma combinação, de outros comportamentos (principalmente um comportamento que, de alguma forma, é feito visando interagir com o outro, seja por um olhar, um sorriso ou qualquer expectativa).

A psicologia social é o estudo científico de manifestações comportamentais de caráter situacional suscitadas pela interação de uma pessoa com outras pessoas ou pela mera expectativa de tal interação, bem como dos processos cognitivos e afetivos suscitados pelo processo de interação social.

Todos os seres humanos vivemos em constante processo de dependência e interdependência em relação a nossos semelhantes. Qualquer gesto, palavra, sentimento na direção de outra pessoa suscitam dela uma resposta que caracteriza-se como social. A resposta emitida serve de estímulo à pessoa que a provocou, gerando, então, outro comportamento desta última, estabelecendo-se assim o processo de interação social. Trata-se de uma ação mútua que afeta as pessoas envolvidas.

• C---->S (comportamento leva a um estímulo) ou R----->S (uma resposta provoca um estímulo). 
• Ou seja, sempre a resposta emitida serve de estímulo à pessoa que provocou, gerando a interação social. Quem controla o ambiente é a resposta, porque eu dou o primeiro estímulo e a minha resposta gera o estímulo para a outra pessoa.

A expectativa com relação ao comportamento do outro (ou a seus pensamentos ou sentimentos) pode modificar nossas ações. Ex.: se você espera uma reação negativa de alguém, é provável que você inicie a interação de forma agressiva. E essa expectativa pode ser tão ou mais importante em termos de influência do que o real comportamento do outro.

São processos mentais superiores (expectativa, pensamento, julgamento, processamento de informação, etc.) que são desencadeados pelo processo de interação. O pensamento social ocorre simultaneamente a manifestações comportamentais.

A psicologia estuda os fenômenos sociais da interação humana e suas consequências cognitivas e comportamentais.

É o método científico. Método científico é toda atividade que conduz à descoberta de um fato novo orientada pelo seguinte paradigma: teoria, levantamento de hipóteses, teste empírico das hipóteses levantadas, análise dos dados colhidos, confirmação ou rejeição das hipóteses, generalização.

É um comportamento social se nele se verificar nitidamente a relevância dos fatores situacionais de, de alguma forma, interagir com o outro. Tratam-se, estes fatores, de característica latitudinal ou horizontal, em vez de longitudinal ou vertical. Isso não quer dizer que fatores longitudinais (experiências passadas, fatores hereditários, características de personalidade) não influam no comportamento social da pessoa, pelo contrário, mas quando o psicólogo social o considera, o faz ciente de que está utilizando uma variável de personalidade que interatua com variáveis situacionais na explicação de um determinado comportamento. Em outras palavras, ele recorre a ensinamentos emanados do estudo do dinamismo da personalidade individual a fim de verificar as interações das variáveis individuais com os fatores situacionais. O que caracteriza o aspecto social do comportamento estudado, contudo, é a influência de fatores situacionais. 

• - O estudo de Zimbardo (1975) acerca das reações de indivíduos normais expostos a uma situação de encarceramento é um excelente exemplo do poder de atuação das variáveis situacionais.
• - O experimento: Zibardo criou, em 1973, uma espécie de prisão onde 24 participantes foram alocados, metade como prisioneiros, metade como policiais. Programado para 15 dias, o experimento não chegou a durar 1 semana: o que era para ser uma simulação funcional transformou-se num verdadeiro drama, em que os atores perderam de vista seus papéis passando a atuar como prisioneiros e guardas reais. Entre os resultados inesperados, observaram-se casos de violência, depressão, ameaças, distorções perceptivas temporais, sintomas psicossomáticos, abuso do poder e crueldade.

Zimbardo (1976) explica que se colocarmos pessoas boas numa situação infernal, a situação infernal vencerá sempre. Para ele, "uma instituição como a prisão tem dentro de si forças poderosas que poderão suplantar anos de socialização, de traços pessoais ou de valores profundamente enraizados". Muitas vezes, em nosso cotidiano, responsabilizamos as pessoas, quando a culpa está na situação.

O estudo da interação entre as pessoas não é algo exclusivo da Psicologia Social, é estudada também pela Sociologia, Antropologia Cultural e por outras áreas da Psicologia em geral, tais como a Psicologia Educacional, a clínica, a organizacional etc.

• - Segundo Myers (2014), a psicologia social se situa na fronteira da psicologia e da sociologia. 
• - Os livros de Sociologia consideram como objeto de estudo desta a sociedade, as instituições sociais e as relações sociais. Não se trata de ramos totalmente distintos, pois, embora tenham um objeto formal distinto (forma como estudam ), os dois setores do conhecimento reconhecem a existência de uma área de interseção bastante nítida em seu objeto material, ou seja, quanto ao que estudam).
• - No entanto, apesar de haver uma área de interseção comum entre as duas disciplinas, as perguntas formuladas por cada uma delas nas investigações do objeto material que lhes é comum variam bastante.
• - Um mesmo problema é encarado de formas diferentes pela Sociologia e pela Psicologia Social. Para o sociólogo, o indivíduo é considerado à luz da cultura em que se insere e as causas de seu comportamento são buscadas nas características da entidade social a que pertence. A unidade de análise da Sociologia é o grupo.
• - Já para o psicólogo social, o indivíduo em si mesmo é examinado em função de suas reações aos fatores ambientais que o circundam. A unidade de análise da Psicologia Social é o indivíduo.
• - Psicologia Social e Sociologia têm objeto material idêntico ou quase idêntico, porém diferem em relação ao método que utilizam (a Psicologia Social utiliza prioritariamente o método experimental e a Sociologia prioriza outros métodos de pesquisa) e também no que concerne à unidade de análise (a Psicologia Social considera o indivíduo em interação com outras pessoas, enquanto a Sociologia dá mais ênfase à sociedade e às instituições sociais).

• - A Psicologia Social estuda as relações interpessoais, interdependência, tomada de decisões, comparação social, atribuição de causalidade, etc.
• - A Sociologia estuda as instituições sociais (família, Estado, Igreja, partidos políticos), sociedade, classes sociais, etc.
• - O ponto de interseção (comum) entre os dois setores são: Atitudes status delinquência, comportamento grupal, etc., que são estudados pelos dois setores.
• - Há inúmeras áreas de interesse comum a essas duas disciplinas.

• - Ex.: 1. o fenômeno psicossocial da delinquência juvenil. No campo da Sociologia, o livro de Albert Cohen (1955) Delinquent Boys, por exemplo, mostra como a teoria sociológica trabalha. Ele salienta em seu estudo as características da cultura da gang e indica frustrações decorrentes da diferenças entre classes sociais e pressões geradas pela subcultura da gang delinquente como fatores primordiais na formação do comportamento delinquente entre os jovens.
• - Já no campo da Psicologia social, Freedman e Doob (1968), analisam em seu livro Deviancy o comportamento do indivíduo que se sente diferente do grupo em que se encontra, tanto ao referir-se ao delinquente como ao considerar um gênio que se destaca de seus companheiros pela posse de uma inteligência superior. A análise de Freedman e Doob ampara-se claramente em fatores situacionais de percepção da excepsiconalidade por parte da pessoa que se desvia do grupo. As eventuais consequências para a sociedade do comportamento do desviante são tratadas muito superficialmente. Toda a ênfase é posta no comportamento individual do desviante face a suas percepções relativas à sua originalidade quando comparado com seus pares.

2. a instituição da família. O sociólogo se ocupa em descrever a família em termos da autoridade dominante (patriarcal, matriarcal, equalitária), em termos do número de pessoas unidas em matrimônio (monogamia, poligamia, poliandria), em termos do local de residência do casal (patrilocal, matrilocaL neolocal) etc. O psicólogo parte do status quo (situação) e preocupa-se em observar como tais situações de fato influenciam no comportamento de um membro da família diante, por exemplo, das novas opções de arranjos familiares disponíveis hoje em dia, como a coabitação, as facilidades na obtenção do divórcio e suas consequências, etc.

- Mesmo entre os psicólogos sociais há diferenças nos níveis de explicação do comportamento social. Doise (1986) mostra que psicólogos sociais norte-americanos adotam predominantemente os níveis pessoais e interpessoais - que caracterizariam a chamada Psicologia Social psicológica. Já psicólogos sociais europeus, embora façam uso desses dois níveis, tendem a dispensar mais atenção aos níveis intergrupais e coletivos que corresponderiam à Psicologia Social sociológica. Assim, a Psicologia Social psicológica preocupam-se em explicar como o indivíduo processa e organiza as informações e experiências que tem em contato com o mundo social (nível pessoal) ou como a dinâmica dessas interações afeta seus modos de agir, pensar e sentir (nível interpessoal). Enquanto que a Psicologia Social sociológica preocupam-se mais em estudar o comportamento do indivíduo e as relações entre os grupos, tomando por base a pertença ou posição grupal (nível posicional) ou, ainda, as ideologias, as representações e os valores predominantes na sociedade (nível social ou ideológico).

- A distinção entre Psicologia Social e Antropologia é bem nítida. As descobertas e as investigações antropológicas fornecem valiosos e interessantes dados para o comportamento do indivíduo de diferentes culturas frente aos outros indivíduos. Alguns museus possuem um riquíssimo manancial de informações sobre as produções e características de culturas de várias épocas e locais que permitem fazer interferências relevantes para especulações sobre a organização sociológica e psicológica destas mesmas culturas  (então, dessa primeira Antropologia a Psicologia Social consegue utilizar alguma coisa). A Antropologia lato sensu, porém, estuda as produções humanas nas diferentes culturas, as características étnicas dos vários povos, suas formas de expressão, etc., sem, contudo, considerar o indivíduo em si mesmo e seu comportamento típico frente aos estímulos sociais contemporâneos (situacionais), como a Psicologia Social o faz.. Assim, a área de intersecção entre as duas disciplinas é bem mais reduzida. Considera o indivíduo em si mesmo e seu comportamento típico frente aos estímulos sociais contemporâneos (situacionais), tal como faz a Psicologia Social.

São exemplos: os estudos do antropólogo E. T. Hall (1977) sobre "espaço pessoal" (como o impacto na interação social causado pela arrumação de móveis de um ambiente, pelas configurações espaciais arquitetônicas ou pela distância entre as pessoas durante o ato da conversação, entre outros) tratam de influências sobre o comportamento social, ainda que examinados de um ponto de vista grupal, como na Sociologia. Da mesma forma, estudos acerca do comportamento dos consumidores, como os de Douglas e Isherwood (1996) possuem  interrelação com os estudos em Psicologia Social.

- Todos os setores do conhecimento expostos até agora podem ser considerados como ciências do primeiro grau de abstração na classificação aristotélica das formas de conhecimento. Todos estudam as características próprias de seu objeto material, variando apenas na maneira de fazê-lo e a ênfase que colocam nos aspectos considerados relevantes em suas investigações. Isso não acontece quando se compara a Psicologia Social e a Filosofia Social.

• - A Psicologia Social é uma ciência empírica e nada tem a ver com a Filosofia, a não ser no que concerne à epistemologia e à orientação geral dos problemas metateóricos como: o problema da relação corpo-alma ou da existência do livre-arbítrio ou do sentido da vida, que desempenham papel importante em algumas teorias psicológicas.
• - A Psicologia Social considera o dado objetivo e quando especula, o faz em termos de hipóteses empiricamente testáveis.
• - Já a Filosofia Social, especula e não testa empiricamente suas especulações.
• - Seria um grave erro julgar que a Psicologia social tem que repousar numa Filosofia social. No entanto cada psicólogo tem suas convicções filosóficas e, entre elas, muitas dizem respeito à natureza da ordem social, da organização social e da finalidade da vida em sociedade. Assim, esse psicólogo, em coerência com seus princípios filosóficos pode orientar sua atividade em Psicologia para atingir determinados objetivos ditados pela sua Filosofia Social. Ao fazer isso, porém, ele estará apenas usando da psicologia para obter determinados fins, mas de nenhuma forma está fazendo Psicologia Social.
• - A Psicologia Social contemporânea afasta-se da Filosofia Social.
• - O psicólogo social, se quiser fazer Psicologia Social e não Filosofia, tem que partir do dado de que tal indivíduo pertence e se identifica à classe trabalhadora numa sociedade em que existe outras classes. Este é o dado concreto, e o estudo científico do comportamento de tal indivíduo em face aos estímulos sociais horizontais que se lhe apresentam deve ser feito somente a partir deste dado.
• - Não raro estudantes de Psicologia buscam saber sobre os possíveis antecedentes do status quo, e engajam-se em especulações filosóficas acerca do destino do homem e da formação da sociedade ideal, no entanto, isso é Filosofia e não Psicologia.
• - Enquanto nas ciências de primeiro grau de abstração citadas têm semelhanças com a Psicologia Social quanto ao seu objeto material e apresentam diferenças quanto à ênfase em determinados tópicos e na maneira de focalizá-los, entre a Psicologia Social e a Filosofia Social há uma diferença essencial de nível de abstração do conhecimento. Portanto, a diferença entre os dois setores é nítida.

- Pela definição de Psicologia Social, com exceção da psicologia fisiológica, dos estudos experimentais de psicofísica, da psicologia comparada e da teoria dos testes mentais, todos os demais setores da psicologia lidam com situações interpessoais que envolvem situação de dependência, interdependência, ou ambas.

- O psicólogo clínico, o organizacional, o estudioso do desenvolvimento da personalidade, o psicólogo educacional, enfim o psicólogo tout court, estão constantemente envolvidos com o estudo de situações em que a interação humana é evidente. Todos os psicólogos têm que possuir conhecimentos básicos dos processos psicológicos de sensação, percepção, cognição, motivação, aprendizagem, etc.

- A distinção entre Psicologia Social e outros setores da Psicologia é clara, desde que atentemos para o fato de que o que identifica uma determinada área da psicologia é a ênfase posta no estudo de certos fenômenos psicológicos. No caso da Psicologia Social, o que a caracteriza é a ênfase colocada na influência de fatores situacionais do comportamento interpessoal.

- Consideremos a interação cliente/psicólogo é uma relação interpessoal na qual fatores situacionais desempenham papel relevante e se identificam sem esforço comportamentos de dependência e interdependência. Este é o aspecto da situação que interessa ao psicólogo social.

- Digamos que seja um psicólogo clínico. Embora ele não despreze (muito pelo contrário) os ensinamentos da Psicologia Social o que tange à importância da situação interpessoal estabelecida, sua preocupação maior estará em realizar um estudo vertical da personalidade do cliente (neste caso, paciente), procurando verificar possíveis influências de experiências passadas no comportamento atual de seu cliente, sua autoimagem, seus objetivos, seus recalques, suas inseguranças, enfim, a dinâmica de sua personalidade. Ademais, estará ele às voltas com as técnicas de diagnóstico desta dinâmica bem como aqueleas que deverão ser usadas em prol de um melhor ajustamento de seu paciente.

- Existe diferença de enfoque e de objetivos que distinguem os especialistas das várias áreas da psicologia, embora tenham um denominador comum de conhecimentos e façam constantes apelos às descobertas dos especialistas em áreas específicas para utilizá-las em sua investigação ou prática profissional.

• - Comparada à Psicologia da Personalidade, a Psicologia Social focaliza menos nas diferenças dos indivíduos e mais em como eles veem e influenciam uns aos outros.
• -> Estudo vertical = não considera as relações interpessoais. Horizontal, sim.

- Senso comum. Por exemplo: é mais provável que pessoas com valores semelhantes sejam mais amigas do que pessoas com valores conflitivos.

- A necessidade da condução de sofisticados experimentos científicos para demonstrar o que todos sabemos por mera intuição ou senso comum está no fato de que nem sempre o que nos parece óbvio é verdadeiro. Por exemplo: parece óbvio qu se quisermos fazer uma pessoa mudar de atitude, devemos oferecer-lhe algo em troca (uma recompensa) ou ameaçá-la (com um castigo).

• - Não é tarefa da Psicologia Social ir de encontro ao senso comum, mas confirmar sua validade e sistematizá-lo para permitir ir mais além do simples conhecimento derivado.
• - No estudo do fenômeno de atribuição de causalidade, a noção relativamente óbvia (senso comum) de que as causas de nossos comportamentos podem ser classificadas em internas (localizadas em nós mesmos) ou externas (fora de nós), estáveis (duradouras e pouco suscetíveis à mudança) ou instáveis (temporárias e cambiáveis), e controláveis (sob controle de alguém) ou incontroláveis (totalmente aleatórias), nos leva a predições e a sistematizações que vão muito além do mero conhecimento baseado no senso comum.

- A Psicologia social se utiliza do senso comum, mas, através da pesquisa científica, vai mais além e nos permite sitematizações do conhecimento existente e predição do conhecimento novo.

- Em sua atividade de pesquisa o psicólogo social utiliza, predominantemente, a pesquisa experimental de laboratório.

- Segundo o cientista francês Louis Pasteur, é inadequada a distinção entre ciência básica e aplicada; para ele, o que existe é ciência e aplicações da ciência, unidas como a árvore e o fruto que produz.

- A Psicologia Social é uma ciência e seus achados podem ser aplicados na resolução de problemas específicos.

- Os psicólogos sociais dedicam-se a pesquisas destinadas a promover avanços teóricos (por exemplo: teste de hipóteses derivadas de teorias; aperfeiçoamento do poder preditivo de teorias), ou lançar luz sobre um problema específico (verificar se a densidade populacional influi no comportamento de ajuda nas cidades; verificar se uma liderança democrática é mais ou menos eficaz que uma autocrática), ou promover um refinamento metodológico (verificar se universitários se comportam de forma diferente de sujeitos não universitários; detectar tendenciosidades na coleta de dados, ou a avaliar a eficácia de uma intervenção (verificar se uma tentativa de mudança de atitude teve êxito ou não; avaliar a eficácia de um programa destinado a diminuir o preconceito racial num determinado grupo social), ou apenas verificar a estabilidade e a generalidade de achados anteriores através da condução de réplicas (verificar se uma teoria psicossocial é trans-histórica e/ou transcultural).

• - Tipos de pesquisa ou investigações em Psicologia Social científica: pesquisa teórica, pesquisa centrada num problema, pesquisa metodológica, pesquisa de avaliação e pesquisa de réplica.
• - Tipos de aplicações da Psicologia Social: aplicações simples e aplicações complexas (Tecnologia Social).
• - Todos estes tipos de pesquisa integram a Psicologia Social científica e fornecem subsídios para sua aplicação a problemas psicossociais concretos.
• - Quando se lança mão de um achado específico par aa solução de um determinado problema estamos tratando de aplicações simples. Exemplo: eliminar o sentimento de frustração de um grupo com o objetivo de diminuir sua agressividade; utilizar um determinado tipo de poder social para lograr uma mudança comportamental específica.
• - Se combinamos achados existentes para utilizá-los na solução de um problema social, estamos praticando o que Jacobo Varela (1971) denomina Tecnologia Social.

- Tecnologia Social segundo Varela (1975): "É a atividade que conduz ao planejamento de soluções de problemas sociais através de combinações de achados derivados de diferentes áreas das ciências sociais".

- A primeira distinção que se impõe na compreensão do que seja Tecnologia Social é a que se refere à diferença de objetivos do cientista social (seja ele psicólogo social ou não, básico ou aplicado) e do tecnólogo social. O cientista não orienta sua atividade para a solução de problemas, o tecnólogo, sim.

- Reyes e Varela (1980): "Frequentemente, achados científicos foram feitos por alguém que não tinha a menor ideia de que eles iriam ser utilizados para algo de útil ou de uma determinada maneira. [...] Sem as descobertas puramente científicas, as invenções que as seguiram não teriam sido possíveis. Mas o cientista sozinho não poderia ter-nos legado as comunicações modernas. Não era esta sua preocupação. Os tecnólogos foram necessários para dar passos necessários. [...]."

- Conforme Reyes e Varela (1980), os cientistas sociais, no afã de atenderem à pressão socail que clama pela relevância de suas pesquisas, criam "programas aplicados". Porém, a pesquisa aplicada continua sendo pesquisa, isto é, a preocupação é a de descobrir a realidade em ambientes naturais e continuar pesquisando até que se obtenha um conhecimento satisfatório e fidedigno desta realidade. O tecnólogo social não se preocupa em descobrir a realidade; ele deixa isto para os cientistas e, baseado em seus achados, procura resolver problemas.

- Manuais contemporâneos de Psicologia Social diferem consideravelmente no que diz respeito à ênfase dada ao histórico da Psicologia Social. Alguns ignoram o assunto; outros dedicam apenas uma seção de um capítulo do assunto; e outros dedicam um dos primeiros capítulos ao tópico em questão. Entre os que consideram a matéria, alguns salientam a evolução da Psicologia Social desde suas raízes filosóficas acerca da natureza social do homem e da formação da sociedade; outros focalizam principalmente os fatos mais relevantes da Psicologia Social no final do século passado e durante este século; e outros ainda procuram um equilíbrio entre as informações históricas referentes à fase pré-científica e a fase propriamente psicológica deste setor de investigação.

- Este último parece ser a escolha dos autores, visto que traçam alguns marcos históricos da Psicologia Social do final do século XIX em diante.

- A Psicologia Social foi conceituada como sendo uma atividade científica cujo objetivo é entender a interação humana e os processos cognitivos e afetivos a ela relevantes. O caráter situacional dos estudos psicossociais e a ênfase no estudo do indivíduo em suas relações com outros indivíduos. Para melhor entender o que é Psicologia Social, foram apresentados os pontos distintivos entre ela e setores afins do conhecimento (sociologia, antropologia, Filosofia Social, etc.). No que se refere a aplicações da Psicologia Social, foi destacado o papel da Tecnologia social, por meio da qual as descobertas das Psicologia Social e das outras ciências sociais são combinadas com a finalidade de resolver um problema social específico.

Caberia à Psicologia Social recuperar o indivíduo na intersecção de sua história com a história de sua sociedade, pois apenas este conhecimento nos permitiria compreender o homem enquanto produtor da história.

É uma ciência que estuda as influências de nossas situações, com especial atenção a como vemos e afetamos uns aos outros. Mais precisamente, é o estudo científico de como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras.

• - É uma área de atuação da Psicologia e não uma abordagem;
• - é uma ciência jovem;
• - os primeiros experimentos aconteceram por volta de 1898;
• - em 1900 foram publicados os primeiros textos sobre PS;
• - a partir de 1930 assumiu a forma atual como a conhecemos.

Do pensamento social, da influência social e das relações sociais.

Envolve como percebemos a nós mesmos e aos outros; em que acreditamos; os julgamentos que fazemos e nossas atitudes.

Envolve a cultura, as pressões para se conformar; a persuasão e os grupos de pessoas.

Envolve questões como preconceito, agressão, atração e intimidade e ajuda.

Estudam atitudes; crenças; conformidade e independência; amor e ódio.

• 1 - Pelo pensamento social: construímos nossa realidade social; nossas instituições sociais são poderosas, às vezes, perigosas; atitudes são moldadas pelo comportamento.
• 2 - Pelas influências sociais: influências sociais moldam comportamento; e disposições moldam o comportamento.
• 3 - Pelas relações sociais: comportamento social é também comportamento biológico; sentimentos e ações positivas ou negativas em relação às pessoas.